Cofen recebe TCU para discutir medidas de controle da sífilis

Auditoria operacional do TCU busca reduzir incidência alarmante de sífilis no Brasil
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) recebeu, nesta segunda-feira (5/12), auditores do Tribunal de Contas da União (TCU), que realiza auditoria para avaliar as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde para controlar a incidência da sífilis no Brasil. O conselheiro federal Vencelau Pantoja representou o Cofen em entrevista com os auditores Hiroyuki Miki e Simone Ferreira.
“A entrevista busca levantar a percepção da entidade sobre as medidas governamentais adotadas para reduzir a incidência da sífilis, conhecer atuações do Conselho na área e identificar dificuldades e limitações enfrentadas pelo profissional de Enfermagem na execução do tratamento da doença”, explica Hiroyuki.
O Brasil enfrenta uma epidemia de sífilis. Nos últimos cinco anos, os casos dispararam de 1,2 mil para mais de 65 mil. A situação foi agravada pelo desabastecimento internacional de penicilina benzatina, único medicamento comprovadamente capaz de atravessar a barreira placentária e prevenir a sífilis congênita. Em 2015, o estoque chegou a zero em 41% dos Estados brasileiros, segundo dados do próprio Ministério da Saúde.

Conselheiro Vencelau Pantoja recebeu auditores do TCU
O Cofen é parceiro do Ministério da Saúde na luta contra a epidemia. “A atuação engajada da Enfermagem, que representa mais da metade dos profissionais de Saúde no Brasil, é fundamental para o controle da doença”, afirmou o conselheiro Vencelau.
Em setembro, a plenária do Cofen aprovou por unanimidade parecer normativo atualizando as normas para a realização do testes rápidos, facilitando a detecção da sífilis e outras doenças. Utilizados para triagem, os testes são de fácil execução, não exigem infraestrutural laboratorial e ficam prontos em até 30 minutos. Podem ser feitos também por profissionais de nível médio, sob supervisão de enfermeiro.
O Cofen também revogou parecer sobre aplicação da penincilina benzatina, de modo a garantir a possibilidade de aplicação nas unidades básicas de Saúde, nos termos da Portaria MS 3.161/2011. A ampliação da atuação da Enfermagem na realização de testes rápidos e na aplicação da penicilina benzatina vai contribuir de forma decisiva para o controle do HIV/Aids e da sífilis.
Fonte: Ascom - Cofen
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