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Relatório da OMS aponta que investir na Enfermagem é estratégico para o futuro da saúde global e Brasil deve intensificar esforços

Dados apontam necessidade de investimentos robustos em formação, emprego, liderança e valorização profissional da Enfermagem ou sistemas de saúde não conseguirão garantir acesso, qualidade e equidade

13.05.2025

O mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), “State of the World’s Nursing 2025: Investing in Education, Jobs, Leadership and Service Delivery”, lançado em maio de 2025, traz uma análise contundente sobre a situação da Enfermagem no mundo. Com dados de mais de 170 países, a publicação oferece um panorama essencial para o desenho de políticas públicas e reforça o papel estratégico da Enfermagem para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030.

A pesquisa revela que o planeta conta hoje com cerca de 29,8 milhões de profissionais de Enfermagem, número que, embora expressivo, esconde profundas desigualdades. A escassez projetada para 2030 é de 4,1 milhões de profissionais de Enfermagem, especialmente nas regiões mais pobres do globo.

O relatório aponta que sem investimentos robustos em formação, emprego, liderança e valorização profissional, os sistemas de saúde não conseguirão garantir acesso, qualidade e equidade. As prioridades emergentes até 2030 destaca cinco temas: padronização e regulação das práticas avançadas, equidade de gênero, tecnologia digital, ação climática e atuação da Enfermagem em contextos de conflitos.

O cenário educacional é particularmente desafiador. Embora haja avanços na oferta de cursos de graduação, muitos países ainda enfrentam sérios gargalos em infraestrutura, formação de docentes e adequação entre currículo e mercado.

As condições de trabalho também são um ponto de atenção: com salário médio global de US$ 774/mês, os profissionais de Enfermagem seguem expostos a disparidades salariais, sobrecarga e falta de proteção e suporte à saúde mental.

Apesar de 92% dos países contarem com órgãos de controle, ainda há limitações no reconhecimento das prerrogativas profissionais e nas atribuições dos cargos de liderança.

Enfermagem do Brasil
No caso brasileiro, o relatório posiciona o país em uma situação intermediária na Região das Américas, com 42 profissionais de Enfermagem por 10 mil habitantes. O Brasil destaca-se por sua força de trabalho jovem — 31% têm menos de 35 anos e 16% tem 55 anos ou mais — e por contar com estrutura de fiscalização e controle ético institucionalizada (Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem).

A taxa de novos formandos é significativa (4,7 para cada 100 profissionais em atividade), com renovação moderada, mas abaixo do ideal para expansão dos serviços de saúde.

Segundo o relatório, o Brasil precisa avançar na regulação das práticas avançadas, estruturar planos de carreira por formação e escopo de atuação, garantir a inserção dos egressos no mercado de trabalho e mitigar o êxodo de profissionais para o exterior.

Fonte: Ascom/Cofen

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