14 a 21 de dezembro: Semana de Mobilização para Doação de Medula Óssea

A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930 de 2009, que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do Deputado Beto Albuquerque (PSB-RS)

19.12.2012

O Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Doação de Medula Óssea. O objetivo é ampliar o cadastro de doadores voluntários e facilitar o tratamento de quem sofre de leucemia.
Com o conceito Seja o amigo oculto de alguém por toda a vida, a campanha traz dois filmes, dois spots de rádio e um anúncio de revista. A iniciativa aproveita o momento de confraternização de fim de ano para convocar a população a participar de uma causa muito nobre.
Como no amigo oculto a revelação do presente é o ponto máximo da confraternização, o primeiro filme traz o depoimento de um doador desejando uma vida de alegria e saúde para quem recebeu a doação. O segundo vídeo, por sua vez, traz a cena de um garoto de 10 anos, que agradece o maior presente que ele já recebeu: a vida.

O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (cinco milhões de doadores) e da Alemanha (três milhões de doadores).

Lei nº 11.930 de 2009, que ficou conhecida como Lei Pietro

Com o objetivo de desmitificar a doação de medula, o Deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) proferiu, na Câmara dos Deputados, uma palestra sobre o tema “Transplante de Medula Óssea”. O evento integra a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, que teve início no dia 14 e segue até o dia 21, e visa incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930 de 2009, que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho de Albuquerque. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença. A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Depois de instalada, a leucemia progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação. O diagnóstico inicial é feito por hemograma, mas sua confirmação é necessária pelo exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se menos de um mililitro do material esponjoso de dentro do osso e examina-se as células ali encontradas.

Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de que seja encontrado um com a medula apropriada”, explica.

Desde a primeira campanha, em 2009, o número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 2,5 milhões. É o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.

O parlamentar comemora a evolução, mas alerta para a necessidade de conscientizar os doadores cadastrados acerca da importância de que realmente compareçam para doar. “Cerca de 15% dos doadores compatíveis não comparecem para o procedimento de doação após serem localizados”, lamenta.

Para ser um doador de medula basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário.

No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome, juntamente com os dados do doador, que será procurado caso apareça um paciente compatível.

Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.

PARA SE CADASTRAR
Requisitos
Ter entre 18 e 55 anos incompletos e estar em bom estado de saúde. Levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário.
A coleta
São coletados 5 ml de sangue (amostra) para análise do código genético de compatibilidade (histocompatibilidade, HLA) comprováveis receptores.
Banco de dados
Os dados, juntamente com o resultado do exame de HLA, serão incluídos em um banco de dados, chamado Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea).
Compatibilidade
Quando aparecer um paciente, a compatibilidade será verificada com o possível doador que fará um exame clínico para confirmar o bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Vida nova
O procedimento de doação é muito simples, sem transtornos para quem doa, mas é uma atitude que para o doente será a diferença entre a vida e a morte.
Onde se cadastrar
No Hemocentro mais próximo.
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