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Cofen participa do 1º Encontro Nacional da Prematuridade

Ivone Amazonas vai representar o presidente Manoel Neri na mesa de abertura do evento, nesta quinta-feira, 5/7, no Hospital das Clínicas, em São Paulo

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02.06.2025

Enfrentando esse desafio de reduzir a prematuridade e melhorar a assistência, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) participa, nesta quinta-feira, 5 de junho, do 1º Encontro Nacional da Prematuridade e o 2º Seminário Internacional de Neonatologia, realizados pela Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros ONG Prematuridade.com, no Hospital da Clínicas da USP, em São Paulo. Os eventos tiveram apoio do Cofen.

A coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Cofen, Ivone Amazonas, vai representar o presidente Manoel Neri na mesa de abertura. O encontro reúne nomes como Sonia Venâncio, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde, Denise Suguitani, ativista e fundadora da ONG Prematuridade, Alessandro Chagas, João Aprígio Almeida e Roseli Nomura. Confira a programação e inscreva-se. Profissionais com Coren ativo têm 30% de desconto nas inscrições, utilizando o código Cofen-ONG.

A prematuridade é a principal causa de mortes entre crianças menores de 5 anos. Relatório da OMS descreve a prematuridade como uma “epidemia silenciosa”. Cerca de 340 mil brasileirinhos nascem prematuros todo ano. São quase seis ocorrências a cada dez minutos, segundo dados do Ministério da Saúde.

“A Enfermagem tem papel fundamental no combate a essa epidemia, começando desde o planejamento familiar, com prevenção à gravidez na adolescência e em outras condições de risco associadas a partos prematuros. Continua no pré-natal, com a correta datação gestacional, orientação da gestante e tratamento de condições como hipertensão e infecções, que podem causar nascimento prematuro, além de representarem risco à mulher”, destaca Ivone Amazonas.

A assistência ao parto normal, com redução das intervenções iatrogênicas e o acompanhamento da evolução natural do trabalho de parto, realizada por enfermeiras, contribui para a redução da prematuridade. O trabalho continua na assistência ao  bebê, com apoio à amamentação, triagem e elaboração de itinerário terapêutico adequado a cada criança. Além do calendário das vacinas disponíveis no Programa Nacional de Imunização (PNI), os prematuros nascidos até 28 semanas tem direito a proteção especial contra vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa de bronquiolite no primeiro ano de vida. 

Somente um em cada dez prematuros extremos (com menos de 28 semanas) sobrevive em países de baixa renda, em comparação com mais de nove em cada dez em países de alta renda. O contato pele-a-pele, como preconizado no método Canguru, é associado a um melhor ganho de peso, diminuição do tempo de internação e redução da mortalidade dos bebês prematuros ou de baixo peso, sobretudo nos países em desenvolvimento. Ivone Amazonas destaca, ainda, a importância da amamentação na recuperação dos bebês prematuros. “O leite materno.

A continuidade do cuidado é fundamental para a sobrevivência e desenvolvimento dos prematuros.  A articulação da sociedade civil tem um papel importante no reconhecimento dos riscos do nascimento pré-termo e suas consequências, e a necessidade de políticas públicas que contribuam para evitar a prematuridade e garantir a assistência aos recém nascidos, crianças e pessoas vivendo com consequências da prematuridade.

Direitos

Mães de bebês prematuros com internação superior a duas semanas têm direito a licença estendida, com contabilização do prazo a partir da alta, e não do nascimento. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que o início da licença maternidade deve começar quando houver a alta hospitalar da mãe ou do recém-nascido, o que ocorrer por último.

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes