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Vacina contra covid-19 em gestantes reduz risco de prematuridade e morte fetal

Estudo aponta redução de 34% dos partos prematuros, principal causa de mortalidade infantil. Enfermagem tem papel fundamental no combate à hesitação vacinal

01.10.2025

Os dados são claros: os benefícios da vacina contra a covid-19 superam qualquer risco conhecido ou possível que a vacinação causaria durante a gravidez

A vacinação contra covid-19 diminui o risco de partos prematuros, morte fetal e anomalias congênitas, além de proteger a gestante contra a doença. Conclusão de pesquisa apresentada nesta semana na Congresso da Academia Americana de Pediatria reforça a importância de atenção ao calendário vacinal na gestação. O estudo, coordenado por Nikan Zargarzadeh, da Universidade de Harvard e do Hospital Infantil de Boston, compila e analisa evidências de múltiplas revisões sistemáticas, com dados sobre vacina em 1,25 milhões de gestantes, em 23 metanálises englobando 200 estudos primários.

A pesquisa conclui que as mulheres vacinadas tiveram redução de 28% nos partos prematuros antes das 28 semanas, de 25% em bebês natimortos e 17% em anomalias congênitas. Descrita em relatório da OMS como “epidemia silenciosa”, a prematuridade é a maior causa de mortalidade infantil. Somente no Brasil, são registrados 340 mil nascimentos prematuros por ano, segundo dados do Ministério da Saúde.

“Os dados são claros: os benefícios da vacina contra a covid-19 superam qualquer risco conhecido ou possível que a vacinação causaria durante a gravidez”, afirma o conselheiro federal Renné Costa, coordenador da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde da Mulher do Cofen.

Vacina em queda na gravidez

O Brasil registra uma redução na cobertura vacinal contra covid-19. Foram aplicadas 191 mil doses em gestantes neste ano, segundo dados do Ministério da Saúde. “Superamos a pandemia, mas a vacina ainda é essencial para proteger não apenas as gestantes, mas também os bebês. A queda na vacinação é preocupante”, afirma Ivone Amazonas, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Cofen.  

O calendário vacinal durante a gestação inclui as vacinas dTpa (a partir da 20ª semana), Hepatite B, Influenza (gripe), Covid-19 e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), incorporada neste ano pelo SUS e recomendada entre a 32ª e a 36ª semana para reduzir risco de bronquiolite e pneumonia nos recém nascidos. O esquema vacinal deve ser individualizado e adaptado ao histórico de vacinação da gestante, conforme avaliação da equipe de Saúde.

Enfermagem e a vacinação  

A Enfermagem tem um papel histórico como “guardiã” das vacinas no Brasil. É responsável pela gestão da cadeia de frios, administração, prescrição de vacinas e acompanhamento de seus efeitos adversos, além da busca ativa e elaboração de estratégias para ampliar a vacinas nos territórios. São 38 mil salas de vacinação, coordenadas por enfermeiros, em todo o território nacional. “As equipes de Enfermagem têm papel fundamental no combate à hesitação vacinal”, reforça Ivone Amazonas.

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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