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Após alta de 20% nos alunos de EaD, ministro quer travar modalidade na saúde

Ministro diz que cursos de saúde exigem treinamento e, por isso, devem ser presenciais

01.09.2017

O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse nesta quinta-feira (31) que cursos nas áreas de saúde, como medicina, enfermagem e fisioterapia, não podem ser ofertados em modalidade à distância. Segundo ele, como os cursos exigem uma formação prática maior, os treinamentos do profissional devem ser presenciais.

“Não dá para treinar um profissional na área de enfermagem, fisioterapia, via educação à distância. Isso é uma coisa que não faz nenhum sentido.” – Mendonça Filho

O ministro disse que, no que for de responsabilidade do MEC, o órgão será muito rígido e duro. “(Para) que a EAD não possa comprometer a boa formação profissional principalmente naquilo que afeta vidas humanas”, disse Mendonça Filho.

A declaração foi feita durante o lançamento dos dados do Censo da Educação Superior de 2016, na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Os dados divulgados revelam que houve crescimento de 20% no ingresso de estudantes em EAD nos últimos dois anos.

O ministro destacou que o MEC trabalhou para aumentar a oferta de vagas e concorrência entre instituições de ensino nos últimos anos.
“Criamos uma sistemática de regulação com busca de notas e ampliação da concorrência. Até porque a estrutura de oferta de vagas de educação à distância, tendo em vista a base regulatória anterior, era uma base absolutamente concentradora e não abrigava uma ampliação de ofertas de educação à distância por parte de entidades de educação superior”, disse.

“Com mais ofertas, tem mais competição, melhor qualidade e esse é o princípio que norteia a regulação da oferta de vagas em educação à distância no Brasil.”

Mendonça Filho disse que como é uma tendência mundial, o país não pode ficar fora das inovações tecnológicas que a educação à distância traz.

“EAD é uma tendência internacional. Cada vez ocupa mais espaço e isso não pede ser uma briga coma oferta de vagas no sistema presencial. Pelo contrário. Mas há espaço para você ter uma complementariedade, uma formação adicional no campo de oferta de vagas da educação superior usando o EAD”, disse o ministro.

Posicionamento do Cofen – O Cofen apoia o Projeto de Lei 2891/2015, que torna obrigatório o ensino presencial para a graduação de enfermeiros e formação de técnicos em Enfermagem, a criação de exame de suficiência e maior controle na abertura de vagas. Os Conselhos de Enfermagem promoveram audiências públicas em todo o Brasil mobilizando a sociedade e visando a melhor qualidade da assistência à população. Responsável pela fiscalização do exercício profissional, o Sistema Cofen/Conselhos Regionais considera que os conhecimentos teórico-práticos e habilidades relacionais indispensáveis para a Enfermagem não podem ser desenvolvidos a distância.

A conselheira federal Dorisdaia Humerez, coordenadora da operação EaD, que percorreu todo o país acompanhando as audiências públicas contra a formação de profissionais de Enfermagem a distância, defende: “O poder econômico não pode ser mais poderoso que a saúde e a educação do nosso povo”.

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