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Abrace reinaugura sua Casa de Apoio no DF

Local abriga cerca de 300 crianças por mês que buscam tratamento

24.11.2010

Local abriga cerca de 300 crianças por mês que buscam tratamento


A Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias – Abrace, foi fundada em 1986, com o objetivo de garantir tratamento e qualidade de vida a meninos e meninas com câncer. Ontem, a instituição reinaugurou a Casa de Apoio, onde ficam hospedadas as crianças de outros estados do País que não possuem residência em Brasília e precisam de tratamento. O evento contou com a presença dos parceiros e colaboradores da instituição e de personalidades da sociedade e da política local. A primeira dama do DF, Karina Rosso, e as deputadas Érika Kokay e Arlete Sampaio prestigiaram a reinauguração.


Na época da criação da entidade, o índice de crianças com câncer que morriam por abandono ao tratamento era de 28%. Dessa constatação surgiu a necessidade de abrir a Casa de Apoio, que foi idealizada por um grupo de pais e construída nos modelos americanos.


A casa, localizada no Guará I, hospeda crianças de até 18 anos. A instituição oferece a hospedagem completa, com refeição, transporte para o local de tratamento, além de consultório dentário, infraestrutura e apoio às crianças assistidas que moram do DF. “Temos depósito de alimentos, de onde saem, mensalmente, as cestas básicas para mais de 300 pacientes”, conta Ilda Peliz, presidente da Abrace.


Maria de Jesus Rocha Farias veio de Balsas, no Maranhão, para tratar a neta Rafaela Rocha, de 13 anos. Elas estão há dois anos na Casa de Apoio. “Eu ficava na casa de uma irmã, em Águas Lindas, mas estava muito difícil. Sinto-me muito feliz, porque antes era difícil a nossa vida. Tinha dias que não conseguíamos trazê-la para fazer o tratamento. Aqui é um paraíso”, afirma Maria.


Passam pela casa, anualmente, mais de 300 crianças. Desde que começou a funcionar, a o índice de mortalidade de crianças por abandono ao tratamento zerou. Apesar da qualidade na prestação dos serviços, a fundação da casa foi construída há mais de 40 anos e precisava de reparos essenciais em toda a estrutura. “Havia infiltrações nas paredes, problemas com o escoamento das águas da chuva, deficiência da parte elétrica, além da necessidade de pintura e troca dos pisos”, afirma Ilda Peliz.


Segundo a presidente, a reforma só foi possível graças à ajuda de parceiros e voluntários. “Do piso ao projeto elétrico – que foi totalmente substituído -, contamos apenas com parcerias. Cada um doou o que podia, desde o granito até o projeto arquitetônico, com isso conseguimos bons resultados”, declara Peliz.


Iasmim Mirla Pereira têm apenas dois anos, morava em Roraima, e há quatro meses foi diagnosticada com leucemia. O pai, Jaderson Pereira da Silva, veio com a família para tratar a filha. “Se não fosse pela Casa de Apoio, não tínhamos como fazer o tratamento dela”, afirma.


Além da reforma na estrutura, parte elétrica e troca de pisos, a Casa também ganhou mais banheiros e decoração com motivos lúdicos. A obra durou oito meses e as crianças precisaram ser alocadas para uma casa alugada durante quatro meses. Foram investidos, aproximadamente, R$ 300 mil na reforma. Parte desse dinheiro foi arrecadado pela campanha Troco Social, realizada pela rede de farmácias Rosário Distrital. A iniciativa, que existe há um ano e não tem data para acabar, é uma proposta para incentivar a doação do troco da compra de medicamentos para a Abrace e os projetos sociais da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Do valor arrecadado, 75% são destinados a Abrace e os outros 25% ficam com a CDL. “A Abrace presta um serviço fantástico de assistência às crianças com câncer e merece o nosso apoio”, declara Álvaro José da Silveira, presidente da rede de farmácias Rosário Distrital.


Hospital da Criança ainda sem contrato


Durante a reinauguração da Casa de Apoio, Ilda aproveitou a oportunidade para falar sobre o Hospital da Criança de Brasília. O contrato para a realização da construção do hospital foi firmado em 2000, no governo de Joaquim Roriz. Segundo Ilda Peliz, o acordado foi o GDF ceder o terreno e a Abrace construir o hospital. Quando estivesse pronto, caberia ao governo equipar e custear as despesas e a Abrace ficaria responsável pela administração.


Para o hospital começar a funcionar, falta a assinatura do contrato de gestão com a Secretaria de Saúde, o investimento de R$ 5 milhões em equipamentos – prometido pelo governo -, além da garantia de liberação de verba para o custeio do hospital. Valor que gira em torno de R$ 43 milhões anuais, incluindo o salário dos funcionários. “Se o GDF ceder os funcionários, esse orçamento pode diminuir”, afirma Ilda.


Ilda agradeceu o esforço da primeira dama do DF, Karina Rosso, para ajudar a Abrace a abrir o hospital. Durante a cerimônia na Casa de Apoio, Karina Rosso afirmou que, infelizmente, não foi possível abrir o hospital porque o governador não tinha verbas para manter o funcionamento até o final de 2010.


“Até agora nós não conseguimos colocar o hospital para funcionar. Caberia ao GDF equipar o hospital, mas a Abrace já está equipando. Com o Rogério Rosso não foi possível. Embora o dinheiro já tivesse empenhando, ele disse que a verba precisou ser destinada para outros compromissos. Já conseguimos conversar com o governador eleito e levá-lo para conhecer as instalações. Agnelo assumiu o compromisso de abrir o hospital em 2011”, relata Ilda Peliz.


A assessoria de imprensa de Agnelo informou que o governador tem interesse em agilizar a assinatura do contrato com a Secretaria de Saúde e pretende, assim que assumir, conversar com os órgãos responsáveis para fazer o hospital funcionar. O governador eleito também está em negociação com os parlamentares da bancada do DF no Congresso, para incluir uma emenda que destina R$30 milhões para a construção da segunda etapa do Hospital da Criança de Brasília.

Fonte:
Tribuna do Brasil

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