Audiência pública sobre violência cria Núcleo Intersetorial no Ceará

A demanda partiu do Conselho Regional de Enfermagem e de Medicina, além do Sindicato dos Médicos

13.07.2017

A criação de um Núcleo Intersetorial para traçar um diagnóstico sobre a violência enfrentada pelos profissionais nas unidades de saúde foi uma das propostas encaminhadas na audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira (12/07), pela Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa. O deputado Dr. Carlos Felipe (PCdoB) que, juntamente com a deputada Augusta Brito (PCdoB), propôs a audiência, disse que o debate é importante para que seja encontrada uma solução para esses casos de violência contra enfermeiros, técnicos e médicos que tem ocorrido em Fortaleza e no interior do estado.

O parlamentar disse que o debate foi uma demanda do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE) e de Medicina (Cremec), além do Sindicato dos Médicos.

O presidente do Coren-CE, Osvaldo Albuquerque, afirmou que solicitou a audiência pública para promover o diálogo aberto com a sociedade, governo e autoridades especialistas na área de saúde. Ele lembrou que de acordo com os dados apresentados pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), quase 20% dos profissionais já sofreram algum tipo de violência no ambiente de trabalho, de violência psicológica à física.

O Núcleo Intersetorial, o qual terá à frente o secretário adjunto da Secretaria de Saúde do Estado, Marcos Gadelha, vai analisar sugestões apresentadas na reunião, como a reestruturação da segurança no Instituto Dr. José Frota (IJF), no sentido de liberar policiais para outras unidades de saúde, como os Frotinhas e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs); a utilização da guarda armada; a criação de uma célula para receber os trabalhadores da saúde vítimas da violência; a possibilidade das prefeituras firmarem convênio para a contratação de policiais de folga com pagamento de horas extras, como ocorre em Sobral; e a realização de campanha educativa para valorizar a imagem do profissional da saúde.

A conselheira Verônica Sales destacou um importante ponto: “A violência cometida contra os profissionais de saúde traz uma constatação ainda mais dolorosa. Ela lembra que se 68% da Enfermagem composta pelo sexo feminino, essa é também uma violência dupla contra a mulher. Sales enfatizou também a iniciativa do Sistema Cofen/Conselhos Regionais que, desde o dia 29 de junho, iniciou a campanha #respeitonaveia nas redes sociais para tratar da violência contra os profissionais de Enfermagem.

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