Clipping: Semana Nacional de Combate ao Fumo / VIII Conferência de Saúde no DF

Semana Nacional de Combate ao FumoNesta Semana Nacional de Combate ao Fumo, é necessário fazer uma reflexão sobre o ato de fumar. Os dados são alarmantes. 

30.08.2011

Semana Nacional de Combate ao Fumo

Nesta Semana Nacional de Combate ao Fumo, é necessário fazer uma reflexão sobre o ato de fumar. Os dados são alarmantes.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um terço da população mundial é fumante. E o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, responsável por 90% dos casos de câncer de pulmão, 30% de outros cânceres, entre eles os de boca, laringe, pâncreas, rins, bexiga e esôfago, além de 25% dos casos de doenças coronarianas.

O tabagismo é um problema de saúde pública. No Brasil, já são mais de 200 mil mortes/ano por câncer relacionado ao vício.

Os fumantes passivos também não escapam dessa triste estatística. O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante, depois de passar pelo filtro do cigarro. Estatísticas apontam que cerca de 25% a 46% das mulheres e 13% a 37% dos homens que morrem de câncer de pulmão não fumavam, mas adquiriram a doença devido à convivência com fumantes.

A fumaça do cigarro possui mais de 4.700 substâncias tóxicas. A nicotina, uma das substâncias encontradas no cigarro, diminui a capacidade da circulação sanguínea, potencializa a vontade de fumar e ainda atua como a cocaína, o álcool e a morfina, causando dependência e obrigando o fumante a usar continuamente o cigarro.

A conscientização da população é o primeiro passo para se evitar o vício.

Fonte: O Tempo – MG

 

VIII Conferência de Saúde: refundar o SUS no DF

 

 

A história não se repete, mas ilumina o presente. A VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em março de 1986, aprovou a fundação do Sistema Único de Saúde (SUS). O contexto histórico, à época, marcou profundamente uma geração de brasileiros, pois se realizava imediatamente após o fim do regime militar e imediatamente antes da Assembleia Nacional Constituinte. Em síntese, a VIII Conferência é ícone de uma das maiores conquistas sociais e populares já vista na história do Brasil – o SUS

Em 31 de agosto, 1º e 2 de setembro será realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães a VIII Conferência de Saúde do Distrito Federal. O tema é nacional e deverá ser discutido em todas as conferências estaduais preparatórias à XIV Conferência Nacional de Saúde: “Todos usam o SUS; SUS na seguridade social; Política pública; Patrimônio do povo brasileiro”. O eixo orientador dos debates é “Acesso e acolhimento com qualidade – um desafio para o SUS”.

Para nós, do Distrito Federal, o significado da VIII Conferência de Saúde, no entanto, difere do das demais unidades da Federação. Segundo o médico Armando Raggio, diretor-geral do HUB, o SUS nasceu em Brasília. Desde a sua fundação, a capital federal foi concebida com plano de saúde tão inovador quanto as arrojadas propostas arquitetônicas e urbanísticas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa: o Plano Bandeira de Melo.

Entre as inovações, o Plano Bandeira de Melo destacava a construção de um hospital de alta complexidade, 11 hospitais gerais, seis hospitais rurais, circundados por tantos centros de saúde quanto necessário para atender uma população adstrita, seguindo sempre que possível a lógica urbanística das superquadras. Instituiu, também, mecanismos de gestão avançados à época, como regime de trabalho integral, pagamento por produtividade. Criou a Fundação Hospitalar do Distrito Federal, subordinada à Secretaria de Saúde do DF, e estimulou a participação da população por intermédio dos Conselhos Comunitários de Saúde.

Quando assumimos a Secretaria de Saúde, em janeiro deste ano, encontramos o SUS do Distrito Federal bem distante do planejamento inicial. Durante mais de uma década foram introduzidas deformações graves e estruturais no nosso sistema de saúde. A população tem acesso aos serviços por meio dos superlotados prontos-socorros. São realizadas 3 milhões de consultas/ano nos serviços de emergência e o preconizado é cerca de 1 milhão. Já o projetado em consultas na atenção primária é de 5 milhões/ano e o realizado, apenas 2 milhões. Ademais, são feitos cerca de 6 mil exames de ressonância magnética/ano, enquanto o preconizado são cerca de 3 mil exames; realizamos 34 mil tomografias computadorizadas/ano e são preconizados cerca de 19 mil exames.

As deformações não atingiram apenas o modelo de assistência à população. A marca do padrão de gestão da saúde, na década passada, foi o desabastecimento dos insumos, a corrupção nos processos de compra e a profunda desmotivação dos profissionais.

A VIII Conferência de Saúde do DF será realizada num contexto de mudança, de resgate da belíssima epopeia da construção de Brasília, e principalmente, de enfrentar todos os entraves e constrangimentos que hoje impedem a população de ter acesso irrestrito e integral ao SUS, com qualidade.

Enfim, a VIII Conferência Distrital tem a oportunidade histórica de refundar o SUS do Distrito Federal. Não é o SUS de 1988, e sim o SUS de 2011, com 23 anos de avanços, mas em que as necessidades de saúde da população surgem em escala bem superior às soluções, ainda restritas, com impasses importantes no modelo de assistência, no financiamento e na gestão. Apontar novos caminhos é o desafio.

 

Rafael Barbosa

Secretário da Saúde do DF

Roberto Bittencourt

Coordenador geral da VIII Conferência Distrital de Saúde

 

 

Fonte:
Correio Braziliense

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