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Coren-CE investiga morte de idosa

A morte da aposentada Francisca das Chagas Batista, 72, está sendo investigada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE). Dona Chaguinha, como era conhecida, estava internada no Hospital de Messejana (HM) Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e morreu na última quarta-feira, 2, após o filho, Antônio Valderi Batista, 42, injetar a dieta em uma veia, ao invés da sonda. Valderi acompanhava a mãe, internada para investigar problemas respiratórios. A idosa foi enterrada ontem.

07.05.2012

A morte da aposentada Francisca das Chagas Batista, 72, está sendo investigada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Ceará (Coren-CE). Dona Chaguinha, como era conhecida, estava internada no Hospital de Messejana (HM) Dr. Carlos Alberto Studart Gomes e morreu na última quarta-feira, 2, após o filho, Antônio Valderi Batista, 42, injetar a dieta em uma veia, ao invés da sonda. Valderi acompanhava a mãe, internada para investigar problemas respiratórios. A idosa foi enterrada ontem.

Segundo a presidente do Coren-CE, Celiane Muniz, caso haja algum profissional da área envolvido, pode ser punido até com suspensão do exercício profissional. “Pedimos informações ao hospital pra que a gente possa dizer se houve erro, negligência, imperícia”, diz. A sindicância não tem prazo para terminar.

Segundo a diretora do HM, Socorro Martins, um B.O. foi registrado “porque é questão de se averiguar o porquê do dano”. A morte de dona Chaguinha é classificada pela médica como uma “fatalidade” que deve gerar revisão na recepção dos acompanhantes. A diretora diz que nenhum tem autorização de realizar procedimentos nos pacientes. “Como teve o dano que o familiar assumiu, existe dúvida. Não podemos ter certeza que ela morreu disso”. Socorro diz ainda que a quantidade de profissionais de enfermagem no HM é suficiente e não houve negligência.

“Tentei ajudar”

As lágrimas vêm facilmente aos olhos de Sara, de 14 anos. A neta mais velha de dona Chaguinha perdeu a companheira de feira, culto, casa. A menina e os irmãos Davi, 9, e Vitória, 12, cuidavam da avó junto com o pai Valderi. Moravam os cinco em uma casa no Dom Lustosa. E eram os pequenos os cuidadores da avó enquanto o pai vendia e consertava panelas de porta em porta. O vigor de dona Chaguinha acabou quando, em dezembro, ela sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), perdeu a fala e deixou de caminhar. Passou por hospitais, mas, atualmente, estava se cuidando em casa. Foi levada ao HM por indicação da unidade em que fazia fisioterapia.

Segundo Valderi, ao internar a mãe em Messejana, uma enfermeira explicou alguns procedimentos que ele poderia executar. “Ensinou a botar soro, medicação. Ela me ensinou. Inclusive eu já tinha colocado o soro e ela veio constatar que estava como ela me ensinou”, diz.

Na quarta-feira, o filho ligou um tubo da dieta em uma veia, quando deveria ser na sonda posta em dona Chaguinha. “Na hora eu nem pensei. Aí não deu nem dois minutos e vi que tinha coisa errada com minha mãe e chamei as enfermeiras“, conta. “Eu, no meu pouco entendimento, tentei ajudar”, lamenta, afirmando que o hospital foi “irresponsável” por não informar o que ele não poderia fazer como acompanhante.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Francisca das Chagas Batista, 72, morreu após o filho injetar a dieta líquida em uma veia, ao invés da sonda para alimentação. Antônio Valderi Batista, 42, alega que estava cansado e não entende de procedimentos médicos. OCoren-CE vai investigar o caso. Há também um BO registrado.

Saiba mais

O Hospital registrou Boletim de Ocorrência no 6º Distrito Policial.

O delegado do 6º DP, Paulo César Cavalcante de Andrade, aguarda a chegada do laudo cadavérico da vítima, previsto para sair em até 30 dias. “Na hora que chegar o laudo, vamos ver. Se for morte natural, não vamos instaurar inquérito. Se for causa indeterminada ou morte violenta, vamos instaurar pra ver em que circunstância ocorreu”, diz.

A Secretaria da Saúde do Estado informou que acompanha o desenrolar do caso e lembrou que o acompanhante não deve realizar procedimentos no paciente.

 

Fonte:
G1

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