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Hospital tem déficit de 49 enfermeiros, diz Coren-SP

Quantidade de profissionais em enfermagem nas UTIs está em desacordo com uma resolução da AnvisaDenúncias de médico levaram promotor a instaurar inquérito contra o Hospital Municipal

06.10.2011

Quantidade de profissionais em enfermagem nas UTIs está em desacordo com uma resolução da Anvisa

Denúncias de médico levaram promotor a instaurar inquérito contra o Hospital Municipal

O Coren (Conselho Regional de Enfermagem) detectou uma defasagem de 49 enfermeiros no Hospital Municipal Doutor Waldemar Tebaldi, em Americana, em vistoria realizada em junho na unidade de saúde. A visita ‘in loco’ constatou ainda um déficit de 13 auxiliares em enfermagem. Hoje, a unidade conta com 26 enfermeiros e, segundo o conselho, o número ideal de profissionais seria 75. Ou seja, o déficit no HM chega a 65%. Diante das constatações, o Coren acredita que “não é possível oferecer um atendimento digno aos idosos no HM”. A Prefeitura não se manifestou sobre o assunto.

O trabalho foi realizado a pedido do MP (Ministério Público), que investiga maus-tratos a idosos no hospital. Além da falta de profissionais suficientes, o conselho apontou que a unidade não mantém profissional enfermeiro exclusivo nas UTIs (unidades de terapia intensiva) neonatal e adulta e ainda, que o hospital não dispõe de profissionais na área para a cobertura de folgas e férias. De acordo com o relatório, as coberturas são feitas por profissionais de outras alas da unidade de saúde.

O Coren apontou ainda que a quantidade de profissionais em enfermagem nas UTIs do HM está em desacordo com uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 2010, a qual prevê que a proporção de profissionais deve ser de um enfermeiro para a cada oito leitos. No caso de auxiliares, o número proposto pela Anvisa é de um profissional para cada dois leitos, determinação que também está sendo descumprida, de acordo com o conselho.

“O levantamento feito pelo Coren no HM foi mais abrangente do que o pedido inicial da promotoria, que investiga más condições de atendimento a idosos no Pronto-socorro, como foi relatado por um médico da unidade de saúde”, afirmou o promotor de Justiça, Jorge Umberto Aprille Leme, responsável pelo inquérito civil. Segundo ele, o conselho realizou mais de uma vistoria no local e, segundo o relatório, durante a última, realizada no final de junho, as irregularidades ainda foram constatadas.

“O ‘resumo da ópera’, constatado durante os trabalhos do Coren, é que com a atual quantidade de profissionais atuando no HM, não existe a possibilidade dos idosos receberem atendimento digno”, afirmou o promotor. Segundo ele, durante as primeiras vistorias, o Coren constatou que o hospital não identificava os enfermeiros nos prontuários médicos. No entanto, segundo o promotor, em segunda visita, o conselho informou que a irregularidade foi corrigida.

Investigação

O MP instaurou inquérito para apurar possíveis maus-tratos a idosos na unidade de saúde após um médico – que atua há 22 anos no HM – encaminhar denúncia relatando que no hospital idosos são alocados em macas estreitas, desconfortáveis e no corredor, sem acesso ao banheiro. Além disso, segundo o médico, idosos são mantidos no corredor por até uma semana. Além do Coren, a Vigilância Sanitária, órgão subordinado à Administração, e o Conselho do Idoso também constataram irregularidades na unidade de saúde.

Fonte:
O Liberal Online

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