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Junho Violeta alerta para violações dos direitos da pessoa idosa

Conscientizar a sociedade sobre valorização do envelhecimento é um dos caminhos para enfrentar preconceito etário, fortalecer redes de apoio social e estimular denúncia de abusos

15.06.2025

Painel de dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH)

Cerca de uma em cada seis pessoas acima de 60 anos foi vítima de abuso em 2024. Neste 15 de junho, Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) une-se à campanha “Entre Gerações – Laços que Protegem”, como parte do Junho Violeta, mês dedicado a alertar e sensibilizar a sociedade sobre múltiplas formas de agressão que atingem a população idosa.

De janeiro a maio de 2025, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH) registrou mais de 72 mil denúncias e 419 mil violações de direitos contra pessoas idosas no Brasil. Entre as formas mais comuns estão: negligência (14,7%), exposição a riscos à saúde física (12,7%), tortura psíquica (11%), insuficiência afetiva (9,1%), maus-tratos (9,0%) e abandono (6,3%).

Para Betânia Santos, coordenadora da Câmara Técnica de Enfermagem em Saúde do Idoso do Cofen, o combate a essas situações demanda engajamento coletivo. “É fundamental que toda a sociedade esteja atenta e envolvida na proteção e valorização do envelhecimento, enfrentando o preconceito etário (idadismo) e fortalecendo as redes de apoio e denúncia”, afirma.

Os profissionais de Enfermagem desempenham papel essencial na promoção do cuidado integral e humanizado à pessoa idosa. Eles estabelecem vínculos de confiança, identificam sinais de abuso e negligência, além de atuar em equipes multiprofissionais para prevenir situações de violência. Atuação regulamentada pela Lei 7.498/86 e Resolução Cofen 620/2019.

Denunciar é um ato de cuidado!

Se você presenciar ou suspeitar de alguma situação de abuso contra idosos, não hesite em buscar ajuda. Veja os canais disponíveis para denúncia e atendimento:

Disque 100: Canal Nacional de Denúncias de Violações de Direitos Humanos.
Delegacias Especializadas da Pessoa Idosa: atendimento direto para registro de ocorrências.
Ministério Público: promotorias de Justiça com atuação na defesa da pessoa idosa.
Centros de Referência de Assistência Social (CRAS/CREAS): apoio social e acompanhamento psicossocial.
Conselhos Municipais/Estaduais da Pessoa Idosa: recebem denúncias e acompanham casos.

Saiba mais

O Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI) aprovou a produção do manual “Idade pede cuidado, não violência: um guia de proteção à pessoa idosa”. O documento foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Violência contra a Pessoa Idosa do CNDPI, em parceria com a Câmara Técnica de Enfermagem em Atenção à Saúde do Idoso do Cofen, e busca ampliar acesso a informações para prevenir e reduzir casos de agressão contra pessoas com 60 anos ou mais no Brasil. O material está em fase de revisão e integra as estratégias da campanha Junho Violeta.

O Brasil também conta com a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, que está em fase de revisão e atualização. Esse instrumento qualifica a atenção à pessoa idosa, contribuindo para a organização do trabalho das equipes de saúde e para a otimização de ações que identifiquem as principais vulnerabilidades desse público.

Fonte: Ascom/Cofen

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