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O dia em que Luciano Huck conheceu o Projeto Anjos da Enfermagem


09.11.2011

Tudo calmo na sede do Instituto Anjos da Enfermagem. Éramos apenas nós três na sala: Georgina, Francisca e eu.

O telefone toca. Do outro lado da linha, nossa coordenadora e fundadora, Dra. Jakeline Duarte diz apenas uma frase:

– O Luciano Huck está aqui no Crato e precisamos…

Nem dá tempo de terminar. Georgina desliga o telefone e já se agita.

– Luciano Huck está aqui no Crato e nós temos que ir encontrá-lo.

Tudo se transforma no escritório. Georgina atrás das voluntárias, para saber qual delas pode ir conosco. Francisca começa a separar o material para levarmos ao apresentador. E eu vou atrás de imprimir o release que conta um pouco da história dos Anjos.

O telefone toca. Mais uma vez a Dra. Jakeline. Pra dizer que o Luciano Huck está na Praça da Sé, centro do Crato e esquina de nossa sede. Não vai dar tempo de esperar por ninguém, temos que correr. A oportunidade de falar com ele pode ser única.

– Francisca, não temos voluntárias aqui, você que já foi uma, vai ter que se caracterizar.

E lá vamos nós três correndo.

Informações trocadas. Ele não está na Praça da Sé, mas sim no Alto da Penha, na casa de um senhor onde grava o quadro Lata Velha, para o Programa Caldeirão do Huck.

Chegamos lá correndo. No caminho, encontramos com uma moradora: “Luciano já foi, só a produção dele está aí”. Pois é com ela mesmo que vamos falar.

Munida de minhas armas (camisas, DVDs Institucionais e release) e da coragem que tenho adquirido, graças aos Anjos, me enfiei no meio dos populares e fui direto ao produtor do programa. Ele, muito atencioso, me disse que naquele momento o Luciano já devia estar voando de volta mas que eu podia deixar o material com ele.

– Mas moço, é que eu já enviei tantos emails para vocês.

– Não se preocupe, você agora entregou o material para a PRODUÇÃO DO LUCIANO HUCK.

As palavras foram fortes e confiantes. Mas, depois de todo esse tempo nos Anjos da Enfermagem, eu aprendi que um não é possível nem sempre é sinônimo de impossível.

– Bom, ele não pode ir embora sem passar pelo aeroporto, não é?

E lá fomos nós quatro (a essa altura, a Dra. Jakeline já havia se juntado a nós) correndo.

E foram muitos os planos do que e de como falar. E foram muitas as lembranças de toda luta para conseguir falar com ele: emails, recados pelas redes sociais, recados pelos artistas que conheceram o nosso trabalho.

Mas posso afirmar que nada foi igual a emoção que senti quando ele abriu a porta do carro, olhou para nós e disse:

– Calma. Eu vou falar com vocês, deixem só eu pegar minhas coisas aqui na mala.

A atenção que ele teve conosco, o carinho sempre. Ele ouviu atento quando a Dra. Jakeline contou a história do nosso Projeto. Ele reconheceu o quanto nosso trabalho é importante. Mas emocionante mesmo, e é a cena que fica se repetindo em minha mente foi quando ele olhou nos olhos dela e disse:

– Não chora. Eu só preciso saber uma coisa: o que é que vocês precisam?

Meu Deus. Não foi em vão.

Não Luciano, não queremos dinheiro, não queremos presentes. Queremos que você nos conheça e nos ajude a sermos reconhecidos por todo o Brasil.

Nesse momento, todos que estavam no aeroporto queriam tirar fotos, falar com ele. Luciano foi atencioso com todos, mas nunca perdeu o foco em nós.

– Quero que você faça o seguinte: daqui uma hora, vá lá no hotel com todo o material de vocês, procure Akira que ele vai fazer tudo chegar para mim no Rio.

Pronto. O Luciano Huck já nos conhecia, sabia do Projeto Anjos da Enfermagem, se interessou por nós. Missão semi-cumprida. Ainda faltava falar com a produção.

No Hotel, qual minha surpresa quando percebo que o Akira é exatamente o produtor com o qual falei no meio da rua. Ele já tem todo o nosso material e me diz que já está tudo guardado.

– Certo Akira, que ótimo. Mas o Luciano nos pediu que viéssemos aqui conversar com você. E só saímos daqui depois disso.

– Vocês são persistentes, hein? Tenho uma gravação rápida agora e depois falo com vocês, podem esperar?

– Temos o dia todo, se for preciso.

E a gravação “rápida” demorou cerca de quatro horas. Ficamos as quatro no hall do Hotel esperando. Almoçamos sanduíche, salgadinho. Mas, em nenhum momento, pensamos em desistir.

Voltando da gravação, os produtores se espantavam quando nos viam paradas ali até aquela hora.

E então veio a tão esperada conversa com Akira. Dra. Jakeline contou a nossa história, os nossos sonhos, as nossas vontades. Apresentou os nossos números, quantos núcleos, quantos voluntários, quantas crianças.

A resposta dele foi apenas:

– Bom, se o próprio Luciano pediu que vocês viessem, é porque ele se interessou pelo Projeto. Vou, pessoalmente, entregar para ele esse material; vou distribuir entre a nossa produção para que todos conheçam também. Não posso prometer nada, mas da minha parte vou fazer tudo o que eu puder.

Não, Akira, não queremos a sua promessa. O nosso objetivo hoje foi cumprido: você e o Luciano Huck conheceram o Projeto Anjos da Enfermagem: educação em saúde através do lúdico. Não temos dúvidas que esse Projeto vai tocar o coração de todos. Não temos dúvidas que essa será mais uma vitória dos Anjos.

E saímos de lá, as quatro, entre risos e lágrimas, entre emoção e realização. Valeu a pena a espera, valeu a pena o esforço. Não foi combinado, não tínhamos nenhum contato com ninguém. Tínhamos apenas a cara e a coragem.

Porque persistência, isso nós temos de sobra!
 

 

Fonte:
Brunella Sobral – Assessoria de Comunicação Anjos da Enfermagem

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