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Qual o limite da IA na Enfermagem?

Sessão científica discute benefícios e limites da inteligência artificial na saúde e o papel da Enfermagem

10.09.2025

Uso de Inteligência Artificial e Big Data na gestão de Enfermagem atraíram a atenção de dezenas de profissionais e estudantes

Em tempos de Inteligências Artificiais (IA), a Enfermagem é mais do nunca protagonista na saúde. Essa é uma das conclusões do debate que norteou uma das sessões científicas do terceiro dia da programação do 27º CBCENF. As discussões sobre o “Uso de Inteligência Artificial e Big Data para a tomada de decisão na gestão de Enfermagem” atraíram a atenção de dezenas de profissionais e estudantes.

Membro da Câmara Técnica de Enfermagem Digital do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), o enfermeiro e professor Rodrigo Jessen mostrou como os profissionais de Enfermagem são importantes na coleta de informações que alimentam os sistemas de inteligência artificial (IA), sendo elas generativas, que criam coisas novas, como textos ou imagens, com base nos dados que recebem; as descritivas, que analisam dados para explicar o que está acontecendo ou o que já aconteceu; e as preditivas, as IAs que usam dados para prever o que pode acontecer no futuro, ajudando a prevenir doenças, problemas individuais e até crises de saúde.

Rodrigo explica que o uso de IA é um caminho crescente e que o Ministério da Saúde já possui estratégias de integração e compartilhamento de dados, sendo algo a ser usado a nosso favor para desenvolver modelos de algoritmos.

“Hoje, a Enfermagem já tem um grande protagonismo na saúde e isso será ainda maior. Na questão do uso de IA preditiva, por exemplo, para as atividades de prevenção, promoção da saúde, a gente tem um potencial no campo de atuação para a atenção primária. Nós já trabalhamos muito com prevenção e promoção, e apoiados pelas IAs preditivas, por exemplo, teremos uma possibilidade de realmente causar impactos na prevenção de riscos. 

Enfermeira e especialista em IA e Metaverso, Raquel Acciarito

Apesar do protagonismo da Enfermagem no cenário que envolve saúde e tecnologia, a enfermeira e especialista em IA e Metaverso, Raquel Acciarito, que também integrou a mesa de debates, faz um alerta. Segundo ela, é necessário um investimento em educação para que haja uma coleta de dados com qualidade.

“As ementas hoje não estão totalmente formatadas para a transformação digital na área da saúde. O MEC tem trabalhado fortemente para mudar as diretrizes curriculares para que esse componente esteja no contexto de formação. Se a gente não formar um enfermeiro ou técnico sobre saúde digital, sobre inteligência artificial e prontuário eletrônico, a gente vai ter lacunas no meio do caminho”, ressalta.

A coordenadora da Câmera Técnica de Enfermagem Digital do Conselho Regional de São Paulo (Coren-SP), Heloísa Peres, destacou a importância da qualificação tecnológica da categoria, mas também os limites que as tecnologias devem ter no dia a dia da Enfermagem, para que sejam usadas no empoderamento do profissional ao invés de substituí-los. “Quem vai dar esse limite somos nós, a sociedade e a nossa profissão. A Enfermagem precisa das regulações. Veja quanto, às vezes, de IA é utilizado para gerar imagens, dar uma outra percepção de realidade. Imagine isso para a saúde, o quanto é grave”, alerta.

A coordenadora da Câmera Técnica de Enfermagem Digital, Heloísa Peres, destacou a importância da qualificação tecnológica da categoria

Heloísa reforça que as informações utilizadas para traçar os diferentes cenários no Brasil precisam ser fiéis a nossa realidade. “Discutimos aqui a questão dos algoritmos. Mas quem são os algoritmos? Pense também no que está sendo desenvolvido internacionalmente, que não reflete a nossa realidade, e mesmo assim é usado como referência para traçar alguns cenários. Isso é muito sério e nós precisamos caminhar para essas regulamentações nacionais primeiro, para depois incorporar no Sistema Cofen/Conselhos Regionais”, conclui.

Fonte: Ascom/Cofen

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