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Sanitaristas homenageiam Mario Testa, ícone da luta pela Saúde na América Latina

Intelectual orgânico, Testa criou metodologia de planejamento estratégico comprometido com as necessidades sociais e marcou a luta pelo Direito à Saúde na América Latina.

05.11.2024

Mario tesla, senhor de idade com cabelos e barba branca sentado em uma cadeira.
Mario Testa (1925-2024)

Guimarães Rosa já dizia que as pessoas não morrem, encantam. O sanitarista Mario Testa, homenageado nesta tarde (5/11) no 5º Congresso de Política, Planejamento e Gestão da Saúde (PPGS), segue encantando os sanitaristas da América Latina. O evento trienal, realizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), reúne mais de 3 mil integrantes de movimentos sociais da Saúde, trabalhadores, pesquisadores e gestores no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza (3 a 6/11).

Jairnilson Paim, senhor de idade em pé no palco enquanto se apresenta para a plateia. No fundo, há uma foto do Mario Tesla, Homenageado.
Jairnilson Paim, em homenagem a Testa

Mario Testa morreu nesta manhã (5/11), em Buenos Aires, aos 99 anos, após formar gerações de profissionais. Intelectual orgânico, Testa criou metodologia de planejamento estratégico comprometido com as necessidades sociais e marcou a luta pelo Direito à Saúde na América Latina.

O método Cendes/OPAS (1965), criado por Testa, “praticamente inventou uma metodologia de planejamento e gestão na América Latina e é uma referência para todos nós”, na avaliação do sanitarista Jairnilson Paim (ISC/UFBA). A metodologia é um enfoque sistêmico de Programação de Recursos de Saúde, atrelado a análises de custo/benefício, que apresentam um custo relativo menor por morte evitada.

“Mario era um homem extremamente amoroso com todos. Acho que isso o tornou o grande mestre que ele foi: essa disposição de doar seu saber para todas as pessoas que se aproximavam em busca de conhecimento. A capacidade de juntar o planejamento técnico com uma visão política estratégica e formulação teórica tornava ele um intelectual único. O planejamento exige muita técnica – e o Mario tinha essa técnica – mas era também um intelectual militante comprometido com a transformação social”, lamenta Sônia Fleury (ENSP/Fiocruz).

“O SUS deve muito a Mario Testa, porque ele formou os quadros de planejamento e gestão e criou os intrumentos técnicos que deram o origem ao sistema de informações na área de Saúde”, afirma Fleury.

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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