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Sem dinheiro, hospitais do SUS estão à beira de apagão

Como se não bastasse a precariedade habitual do Sistema Único de Saúde (SUS), o atraso no repasse da verba mensal para o setor, pelo governo federal, pode piorar ainda mais a situação de quem depende do serviço público de saúde. Hospitais da rede ou conveniados estão à beira de um "apagão" por causa de um atraso no repasse das verbas necessárias para compra de medicamentos, materiais médico-hospitalares e pagamento de funcionários.

15.12.2010

Como se não bastasse a precariedade habitual do Sistema Único de Saúde (SUS), o atraso no repasse da verba mensal para o setor, pelo governo federal, pode piorar ainda mais a situação de quem depende do serviço público de saúde. Hospitais da rede ou conveniados estão à beira de um “apagão” por causa de um atraso no repasse das verbas necessárias para compra de medicamentos, materiais médico-hospitalares e pagamento de funcionários. Até ontem, o dinheiro – R$ 2,5 bilhões para todo país – não havia caído na conta dos Estados e dos hospitais que recebem diretamente o valor. O prazo era o quinto dia útil de dezembro.


Em Minas, R$ 58 milhões esperados para custear serviços médicos de média e alta complexidade de 794 municípios não foram depositados pelo Ministério da Saúde. “Até agora não recebemos o repasse do mês. Esse dinheiro paga as internações, os procedimentos ambulatoriais, compra de materiais, medicamentos e alimentos, e 76 hospitais já estão em risco de transtorno por falta da verba”, alertou a superintendente de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Vânia Drummond.


As outras 59 cidades do Estado, incluindo a capital, são autônomas na gestão da verba e também esperam a verba que recebem diretamente do Ministério da Saúde. Belo Horizonte depende dos R$ 57 milhões da União para dar continuidade ao funcionamento de todos os programas públicos de saúde.
O motivo do atraso, segundo a assessoria do ministério, é a espera pela aprovação de um decreto que acrescenta R$ 500 milhões aos R$ 2 bilhões já garantidos para o SUS, totalizando, assim, os R$ 2,5 bilhões. “Ou a Fazenda libera tudo ou não libera nada”, explicou a assessoria.


“Qualquer atraso nos atrapalha muito, principalmente na aquisição dos medicamentos, pois não trabalhamos com estoque. Trabalhamos com reposição mensal”, explicou a médica Luciana Gouveia Viana, diretora clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instituição que, por mês, recebe da União cerca de R$ 7,5 milhões.


A assessora técnica da Associação dos Hospitais de Minas Gerais, Gianni Lara, disse que hoje notificará formalmente a União pelo atraso, exigindo providências em 24 horas. “Já encaminhamos ofício para Brasília pedindo o repasse urgente da verba para todo o Brasil. Sem dinheiro, os hospitais não podem funcionar”.

Fonte:
O Tempo

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