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Tenda Izabel dos Santos aborda racismo e preconceito na assistência à saúde

Atriz e cantora Zezé Mota participou da roda de conversa sobre racismo na Saúde

07.11.2017

Racismo e preconceito ainda são fortes e ferem diariamente os profissionais da Enfermagem que atuam na atenção básica. As discussões sobre o tema aconteceu em uma roda de conversa plural, na Tenda Izabel dos Santos instalada na feira de exposições do 20º CBCENF, nesta terça-feira (7/11), no Riocentro.

Atriz e cantora Zezé Mota participou da roda de conversa sobre racismo na Saúde
A enfermeira Louise Silva, servidora da secretaria municipal de saúde do Rio de Janeiro, destacou que os dados da pesquisa Perfil da Enfermagem (Cofen/Fiocruz). A pesquisa traz dados importantes sobre onde está inserida a maioria negra e parda que atua na assistência. O levantamento é preciso e identifica que são os técnicos e auxiliares de Enfermagem que mais sofrem com o assédio moral.
“É muito triste ver tudo isso e poucas pessoas se importando. Cada um age como um individuo e é claro que ainda não somos uma nação”, afirmou. A enfermeira ainda criticou a inercia do governo que assina diversas politicas públicas de combate a discriminação de raça, cor e etnia, mas não consegue implementar. Existe vontade, falta compromisso e respeito.
A atriz e cantora Zezé Mota participou como convidada e falou dos desafios que enfrentou e ainda enfrenta por causa da cor. “Mas é preciso um empoderamento também de cada um. Eu mesmo demorei muito tempo para me aceitar. Hoje enxergo a mim e às pessoas primeiramente pela alma. É preciso se despir dos próprios medos”, finalizou.
A conselheira federal Nadia Ramalho e a presidente do Coren-RJ, Maria Antonieta Tyrrel, contribuíram com o debate levando o compromisso do Sistema Cofen/Conselhos Regionais em ampliar os debates a nível nacional.

Izabel dos Santos – Consagrada nacionalmente com o PROFAE – Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem, Izabel dos Santos começou a trabalhar na proposta de formação para o nível médio de Enfermagem, então considerada uma ideia radical e idealista, na década de 1980.

“Havia todo um movimento – a própria 8ª Conferência Nacional de Saúde – que fazia a crítica da qualidade dos recursos humanos em saúde. Junto com isto, havia também um grande desejo de mudança. Todo mundo estava eufórico com a derrubada da ditadura e queria participar. Todo mundo acreditava que o Brasil podia ser melhor”, narrou, em artigo publicado em 2007 pela Revista de Enfermagem da USP. O sonho de Izabel continua vivo na tenda do Cofen.

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