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Enfermagem Forense: ciência, cuidado e justiça em defesa das vítimas

A especialidade entra como resposta ética e humana diante da violência

14.09.2025

Mesa composta com especialistas da Enfermagem Forense

A Enfermagem Forense surge como uma especialidade fundamental entre saúde e justiça. A área aplica conhecimentos técnicos e científicos do cuidado em contextos de violência, crime e situações de vulnerabilidade, tornando-se central no acolhimento e proteção de vítimas.

Durante debate no 27º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF), especialistas ressaltaram que a Enfermagem Forense “é a voz, o grito de socorro, mesmo que oculto das vítimas de violência” (Mecenas; Medeiros, 2010).

A enfermeira Mônica Chaves relata que o enfermeiro forense é o primeiro profissional a acolher a vítima de violência, sendo responsável por registros que podem servir como provas em processos judiciais. Além disso, realiza coleta e preservação de vestígios, apoio emocional e encaminhamento adequado, atuando em conjunto com outras ciências forenses, como medicina legal, balística e odontologia forense.

“O enfermeiro forense é um elo indispensável. Não somos peritos criminais, mas podemos subsidiar a justiça com registros, provas e informações que garantam proteção às vítimas”, destaca Mônica.

Os índices de violência são altos, são mais de 600 casos de violência registrados por dia

O debate enfatizou que os índices de violência permanecem altos, são mais de 600 casos de violência registrados por dia. Nesse cenário, o fortalecimento da Enfermagem Forense é urgente.

O Projeto de Lei 3105/2021, que propõe incluir o enfermeiro forense como profissional habilitado no atendimento imediato a vítimas de violência sexual, foi apontado como avanço necessário para consolidar a atuação da categoria.

“Lidamos com pessoas fragilizadas que precisam do nosso apoio. Nosso papel é cuidar e oferecer à justiça as informações necessárias para proteger as vítimas”, ressaltou a enfermeira Zenaide Kernbeis. A profissional reforçou que a Enfermagem Forense é mais do que uma especialidade: é uma resposta ética e humana diante da violência, unindo ciência, cuidado e justiça.

Antonio Coutinho, conselheiro federal e coordenador da Comissão Nacional de Enfermagem Forense (CNEF) do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), ressalta que “é necessário o reconhecimento dos órgãos, principalmente da sociedade. Nós fazemos muito, trabalhamos muito, somos mal remunerados e muitas vezes não reconhecidos. Mas nós estamos caminhando para um progresso”, afirma.

Fonte: Ascom/Cofen

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