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Violência contra profissionais de saúde será tema de audiência em Minas Gerais

Na audiência, trabalhadores da Enfermagem terão maior representação, por serem os mais atingidos pela violência no ambiente de trabalho.

15.09.2025

Profissionais da enfermagem foram ouvidos e homenageados recentemente na Comissão de Saúde da Assembleia – Arquivo ALMG

Com a finalidade de debater a violência ocupacional contra os profissionais de saúde, em especial, os da Enfermagem, a Comissão de Saúde promove audiência pública nesta quarta-feira (17/9/25). Solicitada pelo deputado Enes Cândido (Republicanos), a reunião começa às 9 horas, no Auditório José Alencar da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e será transmitida ao vivo. Acesse o link a participe.

 Conforme a justificativa do requerimento, a categoria da enfermagem figura entre as mais atingidas por agressões físicas, verbais e psicológicas no exercício da profissão. Segundo estudo publicado em 2023 no Brazilian Journal of Development, a violência contra os trabalhadores da saúde é frequente no Brasil, comprometendo diretamente sua capacidade laboral e saúde mental.

A Enfermagem, por estar na linha de frente da assistência, é a principal vítima dessas violências, muitas vezes praticadas por pacientes, acompanhantes e até por membros da própria equipe de trabalho.

Na Enfermagem, maioria já sofreu abusos

Levantamento realizado em hospital público e divulgado pela Revista Brasileira de Medicina do Trabalho demonstrou que 88,9% dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem entrevistados já sofreram algum tipo de violência no ambiente laboral. Destacam-se entre esses tipos o abuso verbal (38%), o assédio moral (25,4%) e a violência física (11%).

A maioria dos entrevistados apontou que os episódios poderiam ter sido evitados, revelando falhas institucionais na prevenção e na resposta a essas ocorrências. Tais constatações foram também reconhecidas pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que em parceria com o Ministério da Saúde, vem articulando medidas de enfrentamento à violência ocupacional nos serviços de urgência e emergência.

Cofen defende protocolos de atuação e parceria com segurança

O Cofen defende a criação de protocolos de segurança, campanhas educativas e a constituição de um Observatório Nacional de Violência, bem como a articulação com órgãos da segurança pública para atuação integrada.

Uma revisão sistemática publicada em 2024 pela Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade destaca, ainda, as implicações da violência ocupacional na saúde mental dos profissionais. Aumento de afastamentos, sofrimento psíquico, ansiedade, depressão e esgotamento são os principais efeitos dessa violência.

Na avaliação de Enes Cândido, “as respostas institucionais ainda são insuficientes, o que evidencia a urgência de articulação entre o Legislativo, os serviços de saúde e os órgãos de controle para o enfrentamento dessa grave mazela social”.

O parlamentar defende que a audiência se converta em espaço de escuta qualificada e construção de soluções coletivas e, ainda, numa ação estratégica do Parlamento na formulação de políticas públicas e no fortalecimento da proteção aos profissionais da saúde.

Para a reunião desta quarta (17) foram convidados, entre outros, representantes de: Conselhos Regional e Federal de Enfermagem, Secretaria de Estado de Saúde, Fhemig, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, além de outras entidades representativas de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde.

Fonte: ALMG

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