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Coren-RO participa de audiência que discute interdição de hospital regional

A audiência discutiu os vários problemas que vem enfrentando a saúde pública, como estrutura e sobrecarga de trabalho

05.09.2016

IMG-20160902-WA0012O Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO), representado pelo conselheiro Juan Irineu e pela enfermeira fiscal Marisa Miranda, participou da audiência pública, realizada sexta-feira (02/09), no município de Guajará-Mirim. O objetivo foi discutir os vários problemas que a saúde pública do município enfrenta, o que culminou na interdição do Hospital Regional Perpétuo Socorro, feita pelo Ministério Público do Trabalho, no mês de agosto. A interdição foi realizada divido às más condições de trabalho para os servidores, falta de estrutura física e materiais hospitalares. A audiência aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Vereadores e contou com a participação da população, parlamentares, órgãos e entidades representativas da saúde, que tiveram a oportunidade de fazer questionamentos sobre a atual situação do hospital.

Vários problemas relativos ao Hospital Regional de Guajará já haviam sido relados pelo Coren-RO. Em 2013 foi realizada inspeção no local, que apontou vários problemas estruturais e sobrecarga de trabalho, fato que influenciou diretamente na qualidade da assistência de enfermagem prestada como: ausência de enfermeiro nas ambulâncias para acompanhar pacientes graves com risco de morte; pessoal de enfermagem insuficiente para a necessidade do serviço prestado; falta de condições de trabalho nas estruturas físicas, falta de materiais e equipamentos obrigatórios para assistência imediata a pacientes graves no pronto socorro como respirador mecânico portátil, bomba de infusão e monitor cardíaco. O relatório com as recomendações supramencionadas foi protocolado no Ministério Público e em outros órgãos competentes.

A coordenadora do departamento de fiscalização do Coren-RO, enfermeira Marisa Miranda, presente na audiência, enfatiza que o Coren vem acompanhando a Unidade e adotando todas as medidas administrativas e judiciais necessárias para garantir uma assistência de enfermagem segura, livre de riscos e danos.

O conselheiro do Coren-RO, enfermeiro Juan Irineu, ao fazer o uso da palavra, reconheceu a existência de muitos pontos negativos a serem solucionados no hospital. Considerando que esse é o momento em que a comunidade é ouvida, o estado, por meio das suas instituições, deve atender a estas solicitações. O conselheiro destacou ainda trechos da Constituição, em que cita que a “Saúde é Direito de todos e Dever do Estado”.

“O Coren-RO compartilha deste mesmo clamor que a comunidade de Guajará vive hoje. Entendemos de fato todas as dificuldades que a administração possui para exercer suas atividades efetivamente, porém, lei de responsabilidade fiscal atual vem sendo utilizada para toda e qualquer ineficiência do estado. Quando, por exemplo, solicita-se a contratação de enfermeiros, técnicos e auxiliares para que a comunidade tenha um atendimento melhor, o que ouvimos é exatamente isso: que não temos orçamento e não conseguimos contratar, tudo isso é preocupante”, ressaltou o conselheiro. Declarou, ainda, que as condições precárias de trabalho que estão submetidos os profissionais de enfermagem comprometem a qualidade do atendimento e coloca em risco a vida dos pacientes.

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