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Aplicativo que orienta homens com incontinência urinária é premiado

Aplicativo IUProst® 2.0, desenvolvido por enfermeiros e estudantes, recebeu o Prêmio Pelve do Ouro, no Seminário Internacional de Disfunções do Assoalho Pélvico

03.07.2025

Enfermeira Luciana da Mata, coordenadora do IUProst®

O aplicativo IUProst® versão 2.0, desenvolvido pela UFMG e por instituições parceiras para apoiar e orientar homens que apresentam incontinência urinária após a cirurgia de retirada da próstata – denominada prostatectomia radical –, venceu o Prêmio Pelve de Ouro 2025, categoria Inovação e tecnologia. A premiação é parte do Seminário Internacional de Disfunções do Assoalho Pélvico (SIEDAP), único evento da América Latina no campo da Enfermagem dedicado a abordar exclusivamente as disfunções do assoalho pélvico. Nessa terceira edição, realizada no formato híbrido de 26 a 29 de junho, foram abordadas essas disfunções nas minorias sexuais e de gênero e populações vulneráveis.

O prêmio reconhece enfermeiros que atuam em prol do crescimento e fortalecimento da categoria na área de disfunções do assoalho pélvico (incontinências, constipação, prolapsos de órgãos pélvicos) de forma a estimular a  clínica e a divulgação científica. São três indicados a cada categoria (Inovação e tecnologia; Conexões “Sentindo na pelve” e Profissional destaque). A categoria Inovação e tecnologia destaca pesquisas científicas originais, implantações de serviços ou programas e produções de soluções (instrumentos, aplicativos, produtos e materiais educativos).

A professora e pesquisadora Luciana da Mata, coordenadora do IUProst®, destaca a relevância da conquista do Prêmio Pelve de Ouro durante o seminário. “Esse prêmio simboliza o avanço da enfermagem na inovação em saúde digital e reforça a importância de tecnologias como o IUProst® na reabilitação pélvica baseada em evidências”, diz a docente da Escola de Enfermagem da UFMG.

Desde 2022, o aplicativo vem consolidando seu pioneirismo na reabilitação da continência urinária, com mais de 3 mil downloads e 1.300 usuários cadastrados em quatro países. Perto de mil pacientes estão ativos na plataforma, que já contabiliza mais de 140 mil exercícios realizados. Luciana explica que, em sua fase atual, o projeto está concentrado na avaliação de usabilidade com o público-alvo – o objetivo é compreender, sob a perspectiva dos próprios usuários, a experiência de uso da tecnologia e sua aplicabilidade no autocuidado e na prática clínica. “A premiação ressalta não apenas o alcance da ferramenta, mas também seu potencial transformador no cenário da saúde masculina”, enfatiza Luciana da Mata.

Experiência de impacto

Além de levar o prêmio principal, a equipe responsável pelo aplicativo foi finalista na categoria Conexões – Videomostra “Sentindo na pelve”, que reconhece casos clínicos de sucesso na perspectiva integrada do profissional e do paciente. A apresentação foi conduzida pela mestranda Marília Alves Hoffmann, do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFMG, que compartilhou uma experiência clínica impactante utilizando o IUProst®. O caso evidenciou os resultados positivos obtidos na reabilitação de pacientes após prostatectomia, destacando o papel ativo do paciente no autocuidado e o fortalecimento da relação terapêutica. “A indicação como finalista nessa categoria reforça a aplicabilidade prática da tecnologia e sua contribuição efetiva para um cuidado mais humano, individualizado e baseado em evidências”, diz Marília.

Durante o evento, a professora Luciana ministrou o curso pré-simpósio Hands on: tratamento conservador da incontinência urinária relacionada a alterações prostáticas.

Exercícios, informações e relatos de casos

Segundo a professora Luciana da Mata, o objetivo do aplicativo – desenvolvido por enfermeiros e alunos da Escola de Enfermagem da UFMG, da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), da Universidade Federal de Jataí (UFJ) e especialistas de desenvolvimento de softwares em saúde do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (UFG) – é promover a melhoria da qualidade de vida e facilitar o acesso a informações para a promoção do autocuidado. “O aplicativo possibilita realizar exercícios da musculatura pélvica, manter-se informado sobre a cirurgia, assistir a relatos de homens que passaram com sucesso pelo tratamento, assistir a vídeos explicativos sobre como fazer os exercícios corretamente e reconhecer hábitos de vida saudáveis que auxiliam no controle da IU”, explica a professora da UFMG

Fonte: Ascom - Escola de Enfermagem/UFMG

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