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Cuidados com a saúde infantil fortalecem o SUS

Sessão científica mostra como a atenção integral à criança é decisiva para salvar vidas, prevenir doenças e impulsionar resultados em toda a Atenção Primária

11.09.2025

Aline Hannemann, da Coordenação da Saúde da Criança, Adolescente e Jovens do Ministério da Saúde

Quando o cuidado começa na infância, toda a rede de saúde se transforma. Foi desta forma que a sessão científica “Saúde da Criança”, uma parceria entre o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e o Ministério da Saúde (MS), debateu algumas das principais políticas públicas nacionais voltadas à criança e ao adolescente. Dividido em três mesas, o encontro abordou temas primordiais como a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), o cuidado humanizado ao recém-nascido pelo Método Canguru e os avanços e desafios da Caderneta da Criança na Atenção Primária à Saúde (APS). As mesas foram coordenadas por Ivan Carvalho e Aline Hannemann, assessores técnicos da coordenação da Saúde da Criança, Adolescente e Jovens do Ministério da Saúde.

Focada nos cuidados na primeira infância, a AIDPI reúne ações como vacinação, incentivo ao aleitamento materno e acompanhamento do crescimento, além de capacitar equipes e famílias para identificar precocemente sinais de risco. A apresentação da iniciativa que começou a ser implantada no país em 1997 ficou a cargo do enfermeiro Ivan Carvalho, que trouxe um panorama dos avanços e conquistas do programa.

O sucesso da ADIPI foi ilustrado pela apresentação da experiência de sucesso vivenciada pela rede municipal de saúde de Arapiraca, em Alagoas. Os detalhes do projeto foram apresentados pela coordenadora de gestão de projetos em saúde do município, a enfermeira Lousanny Caires. Ela detalhou como nos últimos três anos a rede municipal de Arapiraca transformou-se em referência nacional na qualificação de profissionais que atuam dentro da iniciativa, com mais de 105 enfermeiros capacitados.

Congressistas acompanharam debate sobre as principais políticas públicas nacionais voltadas à criança e ao adolescente

“Como enfermeira é emocionante a trajetória. Primeiro, porque essa estratégia mostra o protagonismo da Enfermagem na atenção primária no principal pilar que é a resolutividade. Então, a gente tem hoje uma estratégia, um protocolo que consegue olhar a criança integralmente, ela como sujeito, isso realmente fortalece e salva vidas. Então, eu atuo há 15 anos na AIDPI e não consigo não me emocionar, porque realmente é uma estratégia que precisamos levantar a bandeira”, explica Lousanny.

A segunda mesa debateu a importância e resultados do Método Canguru, iniciativa voltada à redução da mortalidade infantil, a partir de ações focadas em bebês prematuros. Além dos dados do Ministério da Saúde, o momento foi direcionado para a experiência do Hospital Regional Roberto Santos, maior unidade pública do Nordeste, que desde 2003 passou a adotar o programa e hoje capacita cerca de 250 profissionais por ano. Durante a mesa, o público teve conhecimento sobre como o Método Canguru também foi desenvolvido na rede municipal de Saúde de Salvador.

“O bebê que passa pelo Método Canguru é o prematuro, muito prematuro, de baixo peso. E serve pra ele ganhar peso. Então, com baixo custo de investimento, o programa reduz o índice de mortalidade e o índice de adoecimento. E o bebê tem um crescimento bom. Se o método for feito corretamente, na sua essência, ele evita sequelas no bebê”, explica a coordenadora estadual do Método Canguru do HGRS, Maria de Lourdes Santiago.

Enfermeiro Ivan Carvalho, do Ministério da Saúde, falou sobre a Caderneta da Criança

A tarde foi encerrada com uma palestra de Ivan Carvalho e Aline Hannemann, do Ministério da Saúde, sobre a Caderneta da Criança. Fundamental para o cuidado integral da saúde infantil, ajudando no acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento das crianças, o documento facilita a comunicação entre os profissionais de saúde e as famílias. “Se a gente cuidar realmente do início da vida, podemos mudar toda a história de uma criança. Essa tarde foi muito importante pois trabalhamos três estratégias essenciais para que a criança cresça saudável, sem risco de mortalidade”, conclui Ivan Carvalho.

Fonte: Ascom/Cofen

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