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Doação de vacina a Gaza: Colapso sanitário levou ao ressurgimento da poliomielite

Quedas nas taxas de imunização são um risco global para o ressurgimento de doenças em vias de erradicação, como a paralisia infantil

17.06.2025

Menino palestino é vacinado em campanha do Unicef

O Brasil enviou à Palestina 100 mil doses de vacina contra a poliomielite, segundo dados do governo federal. A doação brasileira, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), é parte da resposta global ao ressurgimento da doença em Gaza. Em 2024, um bebê palestino de 10 meses foi o primeiro paciente com pólio, após 25 anos sem registros da paralisia infantil na região. 

Bombardeio de hospitais, interrupções na distribuição de medicamentos e ajuda humanitária e abuso contra profissionais de Saúde levaram a um colapso do Sistema de Saúde em Gaza. A OMS registrou 697 ataques a instalações de Saúde desde o início da guerra com Israel, em outubro de 2023, a maio de 2025.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e Conselho Internacional de Enfermagem (ICN) emitiram diversas declarações sobre a catástrofe humanitária em curso. “Toda a população de 2,1 milhões de habitantes de Gaza enfrenta escassez prolongada de alimentos, com quase meio milhão de pessoas em uma situação catastrófica de fome, desnutrição aguda, inanição, doenças e morte. Esta é uma das piores crises de fome do mundo, que se desenrola em tempo real”, afirmou a OMS.

Fim da paralisia infantil exige esforço global de vacinação

A erradicação global da poliomielite, também conhecida como “paralisia infantil”, depende do alcance da vacinação. O último caso de poliomielite por poliovírus no continente americano foi registrado em 1991, mas até que a doença seja erradicada no mundo, como aconteceu com a varíola, há risco de introdução.

Paul Alexander, sobrevivente da paralisia infantil antes da vacinação, viveu até os 78 anos hospitalizado, utilizando equipamento conhecido como pulmão de aço para respirar

O Brasil mantém, desde 1994, certificado de zona livre do pólio, graças ao Programa Nacional de Imunização (PNI). O país tem um dos maiores sistemas de vacinação pública do mundo. Cerca de 189 mil profissionais de Enfermagem garantem a aplicação de mais de 300 milhões de doses anuais de vacinas, em mais de 39 mil salas de vacinação.

Imunidade de rebanho 

Manter as altas taxas de vacinação é fundamental para a chamada “imunidade de rebanho”. Se um número grande de pessoas for vacinado, as doenças não podem se espalhar facilmente de uma pessoa para outra, porque a maioria delas estará imune. Isso leva a uma queda na circulação da doença, protegendo indiretamente até aqueles que ainda não podem ser vacinados.

Segundo levantamento do Ministério da Saúde, os índices de cobertura vacinal, que chegaram a 97% em 2015, caíram a 75% em 2020, retrocedendo ao nível registrado em 1987. A recuperação da cobertura vacinal foi uma das principais políticas de saúde pública em 2024, quando o Brasil saiu da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo e recuperou a certificado de eliminação da rubéola e sarampo

 

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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