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Fissura labiopalatina não é contraindicação para aleitamento materno

Lei garante tratamento multiprofissional pelo SUS. Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina destaca importância do cuidado precoce e manejo adequado.

25.06.2025

Fonte: Associação Brasileira de Fissuras Lábio Palatinas – ABFLP

A fissura labiopalatina, condição caracterizada pelo não fechamento do lábio e/ou palato (céu da boca), não contraindica amamentação. “As crianças podem ser amamentadas desde que suas mães sejam apoiadas e não desacreditadas”, afirma a enfermeira Ivone Amazonas, coordenadora Câmara de Enfermagem em Saúde do Neonato e da Criança do Cofen, no mês de conscientização.

Antes conhecida como lábio leporino, a fissura labiopalatina é a malformação facial mais comum em recém nascidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a condição ocorra em um a cada 650 nascimentos.

A Lei 15.133/2025, sancionada em maio, garante o tratamento gratuito no Brasil. A lei torna obrigatório o tratamento da fissura labiopalatina pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo cirurgias reconstrutivas e tratamento multiprofissional pós-cirúrgico.

Iluminação do Congresso no Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina

O diagnóstico pode ser feito ainda no pré-natal. “O dignóstico precoce ajuda a direcionar as intervenções, inclusive na amamentação”, afirma a enfermeira Ivone. A Associação Brasileira de Fissuras Lábio Palatinas (ABFLP) explica que pode ser necessário experimentar diferentes posições para encontrar a mais confortável e eficaz para o recém-nascido, ajustando o bico do seio na boca do bebê para maximizar a vedação.

Em casos de insucesso na amamentação direta, a recomendação é extrair o leite materno e oferecer ao bebê com seringa ou copinho. Apoio especializado está disponível gratuitamento nos bancos de leite humano. Acesse o site da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano ou ligue 136 para encontrar a unidade mais próxima.

A primeira cirurgia corretiva pode ser realizada a partir de 3 meses, por isso é importante que o recém nascido seja encaminhado aos centros de referência logo após o parto. “O tratamento é complexo e multiprofissional, incluindo cirurgia e acompanhamento com fonoaudiólogos e ortodontistas, mas o prognóstico é excelente”, destaca a enfermeira Ivone Amazonas.

Prevenção

O pré-natal de qualidade também pode contribuir para a dimunição das ocorrências de fissura labiopalatina. Embora as causas sejam multifatoriais, envolvendo fatores genéticos e ambientais, o uso de ácido fólico antes da gestação e no primeiro trimestre pode reduzir o risco. O ácido fólico é indicado para as gestantes, na dose de400µg (0,4 mg/dia), desde o período pré-gestacional até o final da gravidez, e pode ser prescrito por enfermeiros.

Fonte: Ascom/Cofen - Clara Fagundes

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