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Projeto quer levar dispensadores de camisinha feminina para escolas

Novidade faz parte do projeto 'Escola Saudável', em instituições do Amapá

10.03.2016

Um projeto de professores e alunos da Escola Estadual Carmelita do Carmo, na Zona Sul deMacapá, está levando para dentro das salas de aula, a discussão sobre o sexo na adolescência. Em 2016, o projeto “Escola Saudável” quer publicar o segundo periódico sobre educação sexual e fazer oficinas para a criação de dispensadores de camisinha feminina.

Dispensador de camisinhas fixado em escola
Dispensador de camisinhas fixado em escola

O trabalho é uma continuação do projeto criado em 2012 pelo enfermeiro e professor Vencelau Pantoja e pelo professor Sávio Sarquis, que tiveram a ideia de um dispensador alternativo de camisinhas para escolas públicas. A iniciativa chamou a atenção do Ministério da Saúde (MS).

O dispensador foi adaptado na própria embalagem de papelão onde vem o preservativo. A caixa serve de depósito de camisinhas para acesso da população, contribuindo, segundo os criadores, para a sustentabilidade do meio ambiente.

Conselheiro federal Vencelau Pantoja, um dos desenvolvedores do dispensador
Conselheiro federal Vencelau Pantoja, um dos desenvolvedores
do dispensador

A campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) foi baseada em um cruzamento de dados socioeconômicos. Segundo Pantoja, no início do trabalho existiu uma certa resistência da escola e até mesmo de alguns alunos, mas, com o tempo, tanto a instituição de ensino, quanto os jovens apoiaram o projeto.

“O objetivo não é incentivar o sexo, mas sim, dar acessibilidade aos preservativos e orientar os jovens. Hoje, escolas e alunos abraçaram a causa”, disse.

Fernanda Passos Assis, de 57 anos, é professora de ensino médio e mãe de uma adolescente de 15 anos. Ela acredita que o projeto incentiva o sexo precoce. “Temos vários problemas na sociedade para nos preocuparmos. Dar acessibilidade de camisinha para nossos filhos instiga-os a praticarem sexo precocemente. Não resolve o problema, só criam novos”, opinou.

Para Lannna Pereira Souza, de 30 anos, mãe de um jovem de 14 anos, a iniciativa faz com que os adolescentes fiquem atentos à prevenção de doenças. “Tive um filho muito cedo e não existia esse tipo de diálogo aberto nas escolas. Se fosse instruída, talvez eu fosse mais prudente”, defendeu.

“São muito importantes esses dispensadores femininos. Se o sexo entre adolescentes ainda é um tabu, o sexo no mundo feminino é ainda mais. Essas atividades deveriam ser obrigatórias em todas as escolas de ensino médio”, completou Lanna.

O projeto pretende lançar a segunda edição de um jornal sobre educação sexual e expandir a publicação para outras escolas, além de oferecer oficinas para criação de dispensadores com camisinhas femininas.

“O projeto já está bem estabelecido dentro do Carmelita, agora queremos levar isso para outras escolas do estado. Com os jornais, essas informações ficam mais acessíveis. Também queremos reforçar os dispensadores com camisinhas femininas, isso ainda causa muitas dúvidas entre as jovens”, falou Pantoja.

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