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Seminário discute papel da Enfermagem no cuidado a infecções sexualmente transmissíveis

Sem Enfermagem, tecnologias e inovações não chegam ao paciente, avaliam especialistas do Ministério da Saúde

10.09.2025

Evento reuniu representantes OPAS/OMS, Ministério da Saúde e movimentos sociais sobre a prevenção e erradicação das ISTs

O 27º Congresso dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) recebeu, nesta quarta (10), o IV Seminário de Enfermagem: Tecnologias e Inovações no contexto do HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente

Transmissíveis.
Realizado pelo Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o evento reuniu representantes da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS), MS e movimentos sociais em diálogo sobre a prevenção e erradicação dessas doenças.

A Enfermagem está no centro do cuidado, na avaliação da OPAS/OMS e MS. O médico sanitarista e epidemiologista Draurio Barreira conclamou os participantes a lutarem pela implementação dos protocolos de prevenção. “São os profissionais mais presentes nas Unidades Básicas de Saúde, em todos os municípios”, destacou o sanitarista.

O aumento dos diagnósticos de HIV, apesar da estabilidade dos casos de AIDS, preocupa especialistas e reforça a importância do diagnóstico, da prevenção – incluindo uso do preservativo e profilaxia –, e do tratamento. A meta para erradicação é alcançar 95-95-95, com 95% da população testada, 95% das pessoas vivendo com HIV positivo em tratamento e 95% dos pacientes tratados alcançando níveis indetectáveis do vírus.

O fotógrafo e ativista Ton Shübber, representando a população soropositiva, destacou a importância de romper a estimatização. “Estou vivo graças às equipes de Saúde. Vocês têm informação e credibilidade para combater o estigma. Não apenas no trabalho, com o atendimento humanizado, mas em todos os locais”, ressaltou.

O debate abordou a importância da formação profissional, do uso de tecnologias inovadoras e da humanização no atendimento

Durante o seminário, foi lançado suplemento especial da revista Enfermagem em Foco – Programa Brasil Saudável. A programação prosseguiu com mesas-redondas e palestras, que evidenciaram como a Atenção Primária à Saúde (APS) é o espaço fundamental para ampliar a cobertura de ações preventivas, especialmente junto a populações mais vulneráveis.

O debate também abordou a importância da formação profissional, do uso de tecnologias inovadoras e da humanização no atendimento, aprofundando debates como a participação da Enfermagem nas Políticas para o HTLV- Vírus Linfotrópico de Células T Humanas – e a necessidade de integração do Sistema Único de Saúde (SUS) ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

”A tecnologia precisa chegar até a ponta, aos atendimentos. A Enfermagem, sobretudo na Atenção Primária, é fundamental para esta capilaridade”, reforçou o enfermeiro Vencelau Pantoja, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Testes Rápidos e Profilaxia

Os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais — que oferecem resultados em até 30 minutos e não exigem estrutura laboratorial — são uma ferramenta essencial para triagem, possibilitando diagnóstico precoce e tratamento oportuno. Os profissionais de nível médio – técnicos e auxiliares de Enfermagem – também estão habilitados para executar os testes rápidos, sob supervisão de enfermeiros.

Segundo o conselheiro Vencelau Pantoja, a Enfermagem tem papel fundamental na vigilância epidemiológica

Estão disponíveis, no SUS, as profilaxias pré e pós-exposição de risco ao HIV (PrEP e PEP). É permitido ao enfermeiro, como integrante da equipe de saúde, prescrever medicamentos, desde que estejam estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.

“A Enfermagem representa mais da metade das equipes de Saúde e tem papel fundamental na vigilância epidemiológica, na conscientização sobre uso de preservativo e no atendimento à população, com uma abordagem multidisciplinar, não-estigmatizante, incluindo a oferta de terapias antiretrovirais”, avalia Vencelau Pantoja.

Fonte: Ascom/Cofen

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